encontrocommarciofortes

Encontro com Marcio Fortes

AEITA Rio Prestação de Contas

Caros iteanos do Rio,

Como os Encontros anteriores, este com o Márcio Fortes foi muito agradável, em um auditório, onde se teve mais silencio e conforto.

O novo local teve a aprovação de colegas que foram consultados a respeito, após o evento.

O Márcio Fortes foi muito afável e demonstrou profundidade e seriedade no que fala e defende.

A descontração ficou por conta do contacto que já tinha com o Pacitti, do clube de Engenharia, e de primos iteanos presentes.

Ficou demonstrado um grande interesse na exposição com perguntas dos presentes que levaram a aprofundar alguns temas

(Existe saida? Fidelidade Partidária. Padronização do nível das escolas, etc. Estamos condenados à mediocridade?).

Com as já tradicionais saudações iteanas!

Carlos Roberto Teixeira Netto (ELE74)

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Um sumário da palestra...

A falhas ficam por conta do redator, não tão bom quanto o Fernando Coelho.

O Brasil, quando ao sistema político tem três pontos críticos:

1o. Sistema de governo é indefinível: A constituição é parlamentarista, mas tem prática presidencialista (ex. o presidente tem o poder de veto). A Câmara atua como representante do governo e não como um outro poder independente da República.

2o. A relação Sociedade x Estado é indefinida e isto tem gerado gastos indevidos em área não prioritárias;

A constituição define responsabilidade das diversas esferas do poder executivo (ex. Educação com as prefeituras; a Saúde com os estados, etc.), mas a maior arrecadação está concentrada na mão da União (nível federal). Isto redunda em responsabilidade legal x irresponsabilidade prática.

3o. Sistema político onde, efetivamente, governadores e prefeitos elegem os deputados. A representação federativa distorcida. Por exemplo, os estados de SP e RJ concentram a maior riqueza economica e no entanto tem apenas 32% dos deputados federais. Isto leva a uma disfunção economica x política.

RJ

Contou um pouco da história da fusão dos dois estados, o antigo Estado do RJ e a Cidade do Rio de Janeiro, ex-Distrito Federal, ex-capital da República. E consequentes choques de cultura e linhas políticas.

Mencionou o livro RIO NACIONAL, RIO LOCAL – MITOS E VISÕES DA CRISE CARIOCA E FLUMINENSE, de Mauro Osório. Rio de Janeiro, SENAC-Rio, 2005. 296p. ISBN 85-87864-69-6

Sinopse: A cidade do Rio de Janeiro sofre um processo de fratura em sua dinâmica institucional, a partir de 1960, com a transferência da capital do país para Brasília. O autor analisa as políticas e visões dos anos 60 sobre o Rio e sua inserção na política e na economia brasileira e internacional, para demonstrar que nem as políticas nem as visões davam conta do desafio colocado à cidade com o processo de mudança da capital.

Choque de cultura política e administrativa. Exemplo, todo o funcionalismo do ex-distrito federal era concursado enquanto no antigo estado do Rio de Janeiro não havia este processo de ingresso.

Culturas diferentes (Chagas Freitas) x PTB x Brizola x UND (Carlos Lacerda) x PSD

ALERJ: Dominada pela mesma quadrilha, herdeira de Chagas Freitas.

Quem comanda o estado é a assembléia e não o executivo.

Populismo direto, praticado pelo Garotinho

O estado não investe. O que temos? Indústria do petróleo, industria naval, centro de pesquisa da Petrobrás.

Produção siderúrgica tem sido decrescente.

O Turismo: Tivemos 50% dos turistas passando ela cidade do Rio de Janeiro, mas vem caindo para 32%.

As lideranças locais se sujeitam ao governo, diferente de SP, por exemplo.

O que é possível fazer-se por aqui? Exemplos ocorridos em outros estados da federação:Estado do Espírito Santo com sua revirada positiva recente com relação a segurança.

Tasso Jeirissatti, com o nordeste deixando de adotar uma posição de mendicância e investindo em áreas prioritárias.

RJ: 0,5% da extensão geográfica do pais; 17% da economia; 9-10% da população; renda per capita é a 3a. do país, a arrecadação per capita é a maior, então não há obstáculos para chegar a liderança vocacionada pelo estado. O que impede? O conformismo à cultura política.

O estado democrático de direito deve trazer junto outras conquistas como a cidadania, etc. Não é só a liberdade política. As amarras não estão sendo rompidas. Falta o exercício de liderança dos diversos segmetos da sociedade.

Empresários não tem voz independente

Prioridades

1a. Segurança

2a. Educacional ex. Piraí onde toda a cidade tem Wifi. RJ com 14 univesidades sendo 7 particulares e 7 publicas (5 federais e 2 estaduais). Apesar de não estarem se saindo bem nos exames comparativos, tem sido muito bem posicionada nos concursos públicos... É parte da cultura carioca, bem diferente do Estado de São Paulo onde a carreira pública não é mais procurada.

3a. a questão urbana

4a. ambiental

5a. desenvolvimento economico ex. construção civil

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Presentes : 19 pessoas (18 iteanos e 1 convidado)

TURMA NOME

52 TERCIO PACITTI

54 JOSE LUCIANO FERREIRA COSTA

55 FRANCISCO EDGAR DA SILVA

58 ELCHANAN PALATNIK

63 LUIZ PINTO DE CARVALHO

67 RAUL DA SILVA ANDRADE

68 PAULO STARLING DE CARVALHO

71 JOSE DALVIO GHIRELLO GARCIA

74 CARLOS ROBERTO TEIXEIRA NETTO

74 JORGE AUGUSTO FORTES

75 KUNIOKI SHIBAO

75 NORTON LIMA VERDE

80 FRANCISCO JOSE DA ROCHA MAIOLINO

82 JOAO ALEXANDRE SARTORELLI

91 FERNANDO MARCUS DA ROCHA CERQUEIRA

93 FLORIANO SALVATERRA

93 MARCIO NOBRE MIGON

99 LUIS CLAUDIO DOS SANTOS

CONVIDADO: PETER KNIGHT

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COMENTÁRIOS DE PRESENTES

Gostei muito do relato. Bem redigido. Deu para imaginar até mesmo o clima na palestra. Favor não descontinuá-los. Vou tentar estar no encontro com o Bittar mas ainda não é certa a minha presença.

A vertente cultural está em todos os diagnósticos para melhorias, tanto de empresas como de governos. As culturas trabalham a favor e contra as mudanças sem o saberem, praticamente. Acredito que haja um inconsciente social que não deva ser propriamente a soma dos inconscientes individuais.

Fica difícil fazer um trabalho de reajuste político para inclusão social porque surgem logo as resistências advindas do pacto social não escrito.

Heide - T 62

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A propósito, gostei muito da reunião com Marcio Fortes. Eu já o conhecia de outros eventos e, de vez em quando, trocamos informações por email. É sempre bom trocar idéias com gente que pensa a longo prazo e tem foco na solução dos problemas tão graves do nosso país!

Francisco Maiolino - T80

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Carlos, adorei a palestra. Estarei nas próximas sempre que puder e vou propagandear isso para os colegas "mais novos". Também gostei muito da idéia de reunir os 550 amigos iteanos que estão na área Rio em torno de projetos em torno de trabalhos sociais, negócios e carreira.

Luis Cláudio - COMP 99

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